Potencial morfo-hortícola de sete cultivares de morangueiro por dois ciclos consecutivos

Resumo

A manutenção das plantas por dois ciclos consecutivos no cultivo do morangueiro possibilita reduzir os custos com a aquisição de mudas e permite a produção de frutos durante todo o ano. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar se cultivares de morangueiro conduzidas por dois ciclos consecutivos em estufa alteram seu potencial hortícola. A pesquisa foi realizada no município de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil. Testamos sete cultivares de morangueiro (classificadas como de dias curtos e dias neutros em relação ao florescimento) em dois ciclos de produção. A morfologia das cultivares foi caracterizada e a produção e qualidade de frutos foram avaliadas. O descritor morfológico que mais contribuiu para a divergência entre as cultivares correspondeu à coloração antociânica das estípulas. Aromas se destacou pela maior quantidade de frutos produzidos em ambos os ciclos de produção. No primeiro ciclo Albion, Camino Real e Monterey produziram frutos com as maiores massas frescas médias. Os compostos fenólicos dos frutos foram superiores no segundo ciclo de cultivo em relação ao primeiro ciclo. O conteúdo de flavonoides totais foi superior em Aromas, Camarosa, Camino Real e Monterey. Camarosa e San Andreas apresentaram maior concentração de polifenois totais. A atividade antioxidante foi mais elevada em Aromas e Camarosa. Conclui-se que cultivares de morangueiro conduzidas por dois ciclos consecutivos em estufa apresentam variações no seu potencial hortícola. Produtores que desejam escalonar suas lavouras devem optar por Aromas para obter maior potencial produtivo (nos dois ciclos) e Camarosa para atender mercado consumidor exigente em qualidade de frutos.