Temperatura de carbonização e propriedades do carvão vegetal ao longo de um forno retangular
DOI:
https://doi.org/10.5039/agraria.v15i4a8493Palavras-chave:
friabilidade, siderurgia, sistema supervisórioResumo
Para aumento da produção e diminuição da heterogeneidade do carvão vegetal produzido em fornos retangulares, o controle da carbonização deve ser realizado com base na temperatura interna do forno. O objetivo deste trabalho foi analisar a temperatura máxima de carbonização e o tempo de degradação térmica em temperaturas superiores a 290°C, com base nas medições interna na parede dos fornos, além de avaliar propriedades do carvão vegetal em diferentes posições de um forno retangular. Utilizou-se madeira do híbrido Eucalyptus urophylla x E. grandis, aos sete anos de idade para carbonizações em fornos retangulares, com monitoramento e controle de temperatura. Os parâmetros de processo e qualidade do carvão vegetal foram avaliados em sete posições correspondentes aos locais de medição da temperatura na parede do forno retangular. As posições 1 e 7, que correspondem às extremidades do forno, tiveram maiores valores de temperatura e tempo de exposição a temperaturas maiores que 290°C, enquanto nas posições centrais observou-se menor exposição ao calor e menor temperatura máxima, com valores médios semelhantes. Não houve efeito significativo da posição do forno nas características do carvão, que apresentou valores médios de 234,61 kg m-3 de densidade a granel; 55,87% de peças com dimensão maior que 30 mm; 19,77% de finos (granulometria < 9,5mm) e 20,80% de friabilidade, 75,39% de carbono fixo, 24,37% de materiais voláteis e 0,24% de cinzas. Conclui-se que a posição do forno afeta a temperatura e tempo de degradação térmica, contudo, o controle da temperatura garante a produção de carvão vegetal homogêneo ao longo do forno, com qualidade satisfatória para uso siderúrgico.