Regeneração natural de espécies lenhosas e herbáceas em áreas de restauração ecológica na Floresta Atlântica
DOI:
https://doi.org/10.5039/agraria.v15i4a8160Palavras-chave:
ecossistema de referência, sucessão secundária, floresta de tabuleiroResumo
A regeneração natural das florestas é uma das mais importantes ferramentas para inferir sobre o comportamento dos processos de restauração florestal. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar a regeneração natural em uma área de Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas após 8 anos da implantação do projeto de restauração. A área foi composta por seis tratamentos (fatorial 3 × 2), sendo três níveis de riqueza de espécies e dois espaçamentos) e três repetições, em blocos casualizados. Em cada tratamento e na floresta madura foram demarcadas três parcelas de 5 × 10 m, identificando todos os indivíduos lenhosos e herbáceos. Foi calculada a diversidade florística (H’) e a equabilidade (J’), além da Análise de Correspondência Distendida (DCA). A diversidade florística e equabilidade foram baixas nas áreas em processo de restauração (H’ = 1,82 nats indiv-1 e J’ = 0,51). A DCA resultou na formações de grupos distintos, que diferem a floresta madura da área em processo de restauração. Em todos os tratamentos foi registrado grande número de indivíduos herbáceos (3.963), o que pode ter influenciado negativamente no estabelecimento dos indivíduos lenhosos (351). As análises revelaram que os tratamentos compartilham muitas espécies arbóreas e herbáceas, reforçando que o plantio com maior riqueza não é garantia de sucesso do estabelecimento da regereração natural com alta diversidade.